Nos últimos anos, as startups têm-se destacado como sendo uma das principais contribuidoras para a economia global e fonte de emprego por todo o mundo. Da mesma forma, o número de apoios a startups também aumentou. Investidores e organizações interessam-se cada vez mais em ajudar negócios a alcançarem o sucesso.
Para um empreendedor que se encontre a iniciar o seu negócio é importante que conheça primeiro quais são os apoios a startups existentes. Além disso, é necessário identificar de que forma e quando fornecem esse apoio, a fim de garantir que quando for fundamental essa ajuda, o empreendedor saberá para onde se dirigir.
Incubadoras
Estas entidades são organizações viradas para auxiliar empresas ou indivíduos que se encontrem nas fases muito iniciais do seu negócio. Aqui, ideias inovadoras são incubadas com o objetivo de desenvolver um modelo de negócio e posteriormente, abrir a empresa.
Incubadoras pode ser independentes ou administradas ou patrocinadas por outras entidades. Estas podem ser entidades governamentais, grandes corporações, empresas de capitais de risco, investidores, entre outros.
Normalmente o processo de seleção de startups faz-se através de concursos que decorrem durante o ano. Nestes, os empreendedores podem inscrever-se fazendo uma apresentação breve da sua ideia de negócio, onde posteriormente as candidaturas são analisadas pelos responsáveis destas organizações. As ideias mais inovadoras e apelativas serão acolhidas pelos programas de incubação existentes onde a ideia será refinada, desenvolvido o plano de negócios, trabalhado o ajuste do produto no mercado, entre vários outros serviços.
Estas entidades auxiliam as startups com um desenvolvimento de negócio mais longo. São fornecidos tempo e recursos necessários para projetar e criar um modelo de negócios eficiente e sustentável. A percentagem de ações de cada startup acolhida tende a ser maior do que a recebida pelas aceleradoras e os investimentos prestados às startups vêm das próprias incubadoras. Portanto, não é necessária a elaboração de propostas para atrair investidores externos.
Assim, incubadoras são semelhantes a escolas de negócios onde empreendedores com ideias inovadoras são ensinados de como se deve iniciar uma startup de sucesso.
Na maioria dos casos, as startups vencedoras mudam-se para um local de trabalho específico onde partilham o local promovendo o networking entre empreendedores e mentores. Além disso, há várias incubadoras que têm a possibilidade de oferecer incubação virtual.
Aceleradoras
Como o nome indica, este tipo de apoios a startups aceleram o crescimento de uma empresa já existente. Ou seja, startups que já estejam numa fase mais avançada, onde já possuam alguma espécie de protótipo ou produto feito. Estas auxiliam startups a atingir um nível de crescimento em apenas alguns meses quando sozinhos demorariam anos.
Os programas de aceleração facilitam o desenvolvimento dos projetos assim como fornecem ferramentas de modo a estabelecer propostas sólidas de valor para de seguida, terem mais chances de obter investimentos externos. Aceleradoras são muito oportunas. Elas oferecem programas cujo período é de 3/4 meses onde investem em troca de uma pequena ação da startup.
Aceleradoras normalmente trabalham proximamente das empresas com as quais têm parcerias, o que leva a selecionar startups que correspondam aos requisitos destes parceiros e investidores. Há, portanto, uma facilidade em criar relações entre estas entidades, o que não acontece com incubadoras nas quais não existem afiliações restritas com parceiros corporativos.
Hubs
Hub é o nome dado a ecossistemas do estilo empreendedor com a finalidade de conectar pessoas, fazendo estas trabalhar juntas, trocar informações, criarem e empreenderem. Estes ambientes são compostos por várias startups, grandes empresas, aceleradoras, incubadoras, novos empreendimentos, investidores oferecendo assim oportunidades de conexão. Além disso, estes espaços são utilizados de forma comunitária e envolvem grandes espaços como cidades com caraterísticas em comum.
Venture Builder
Também designados por tech studios, startup factories ou venture production studios. São organizações que constroem empresas internamente, desde operações pré-conceituais até operações em grande escala.
Muitas além de criarem e incubarem ideias internamente, também fazem investimentos em startups fora da empresa, geralmente na seed stage.
Ao contrário das incubadoras e aceleradoras, estas não aceitam candidaturas de startups externas nem possuem um programa competitivo.
Estas organizações têm internamente equipas fortes e experientes constituídas por profissionais dos mais diversos setores (gestão, engenharia, programação, marketing) que serão atribuídas aos empreendimentos surgidos. Para além disso, é feito o levantamento de capital, recursos, projeções de modelos de negócio, desenvolvimento de MVPs, entre outros. As startups compartilham recursos e é esperado que estas após atingirem maturidade, se tornem entidades independentes.
Capitalistas de risco
Capitalistas de risco são investidores que financiam startups e pequenas empresas com potencial de crescimento a longo prazo. Estes investidores podem ser indivíduos ou empresas e normalmente encontram-se envolvidos em vários projetos em simultâneo. Isto leva a que tenham menos tempo disponível para auxiliar as startups mas mantêm-se a par do que é feito em cada uma delas. Por este motivo, esta é uma boa opção para empresas que estejam prontas para a fase de crescimento, onde os conceitos e matrizes do negócio já estão definidos.
Estas entidades normalmente apostam em startups que considerem que têm mais probabilidade de serem bem-sucedidas, independentemente da área destas. Estes indivíduos têm consciência do risco que existe em financiar empresas deste caráter incerto, o que faz com que os capitalistas de risco dividam o controlo da startup com os fundadores, tendo sempre uma palavra em todas as decisões tomadas para a startup.
Business Angels
Business Angels são normalmente indivíduos reformados ou antigos empreendedores, que pretendem ajudar as novas gerações, investindo o seu próprio dinheiro em startups e empreendedores. Como costumam investir em empresas de áreas onde são especialistas estes, além de apoio financeiro, fornecem aconselhamento e acompanhamento especialmente nas fases mais difíceis que possam surgir. Por este motivo, esta é uma boa opção para startups que se encontrem numa fase inicial, onde é necessário um mentor para guiar e aconselhar sobre determinados assuntos empresariais.
Estas entidades têm mais tempo para se dedicarem aos projetos que escolhem investir, mas não esperam estar envolvidos na administração do negócio, desempenhando apenas um papel indireto nestes negócios.
Empresas de consultoria
Estas entidades são constituídas por profissionais capacitados para diagnosticar ou formular soluções de uma determinada área ou sobre um determinado assunto do meio empresarial. Um consultor normalmente é contratado pela startup durante um curto período de tempo onde auxilia com a sua experiência a fim de resolver um determinado problema.
O método de trabalho destes profissionais segue a seguinte lógica: elaboração de um diagnostico das áreas funcionais da startup em questão, identificação dos pontos fracos e fortes assim como as ameaças e oportunidades desta e, propor soluções e mudanças especificas para as áreas mais necessitadas após análise.
Instituições nacionais e internacionais
Atualmente existem inúmeros apoios a startups dedicados a auxiliar estas nas suas fases de negócio. Várias instituições governamentais, quer nacionais quer internacionais, disponibilizam vários concursos ao longo do ano para apoiar empreendedores e startups. As startups que ganharem estes concursos geralmente ganham incentivos ou fundos monetários durante um determinado período de tempo, de modo a auxiliar no crescimento da empresa.
Empresas IT
Outro tipo de apoio que tem ganho destaque são empresas tecnológicas. Sendo estas constituídas por equipas de profissionais tecnológicos, esta pode ser uma boa opção em startups de caráter tecnológico cujo empreendedor não tenha muito ou nenhum conhecimento técnico para desenvolver o seu produto ou serviço.
Outro fator interessante destas empresas é que, para além de fornecerem apoio no desenvolvimento, atualmente também fornecem outro tipo de apoio, tais como aconselhamento, refinamento da ideia de negócio e até, no lançamento deste no mercado.
Estes tipos de apoios a startups têm alguns objetivos em comum: induzir para o crescimento do negócio, oferecer eficiência operacional e benefícios, contudo a maneira de atingi-los difere consideravelmente. Cabe aos fundadores decidir qual a melhor para o seu tipo de negócio e quando adquirir ajuda.